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MEU PRIMEIRO JÚRI!

A vontade de labutar na seara criminal, mais especificamente no tribunal do júri nasceu desde os primeiros contato com matéria quando passei a estagiar na vara criminal quando então passei a acompanhar vários júris e sempre ali no plenário me imaginando.

Minha primeira atuação aconteceu de forma inóspita.

Chegava eu de viagem, e fui presenciar a atuação de um colega, que ao me avistar na plateia, me chamou de canto e pediu para compor a banca de defesa. Ali seria então meu primeiro contato com o tribunal do júri ocupando a banca defensiva.

Naquela oportunidade, eu não estava nenhum pouco preparado, nem sequer sabia do enredo processual, portanto apenas auxilia os colegas na instrução, ficam a cargo deles a plenário. Resultado acusado condenado.

Na semana seguinte, o mesmo colega teria outro júri quando então, me convidei para participar, e seria então de fato a minha primeira atuação propriamente dita no plenário do tribunal do júri.

Ao se por a estudar o caso, me dei por satisfeito e estaria pronto pro fronte.

O caso, eram três réus que estavam sendo acusados de homicídio triplamente qualificado, sendo dois dos réus defendidos pela defensoria publica e o terceiro por nós.

Realizada a instrução, passou-se aos debates e passado a palavra à defesa, o nervosismos imperava e nada mais vinha à cabeça, o que estava pronto, já não estava mais. A salvação foi, que dois dos acusados era defendido pela defensoria publica, a qual deu inicio à peroração, enquanto eu respirava e realinhava as ideias.

Chegado o momento da exposição, ainda com muito nervosismo iniciei os cumprimentos de forma pausada, quando começou-se a passar o nervosinhos e as ideias, os argumentos começaram a voltar, e assim por uma hora sustentei a tese de negativa de autoria.

Foi um júri tenso, que iniciou as 8h30 da Manha e findou após as 22 horas, com veredito absolutório ao nosso cliente, alcançado no segundo quesito que trata sob autoria.

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