Post

Caso Enfermeira Zuilda: Tribunal de Justiça acata pedido da defesa e coloca em liberdade acusados pela morte da enfermeira Zuilda Rodrigues

O julgamento dos acusados da morte da enfermeira Zuilda Rodrigues de Souza, estava previsto para acontecer no último dia 10 de novembro de 2022, no Fórum da Comarca de Sinop (500 km de Cuiabá), contudo, a pedido do Ministério Público (MPE) – a Sessão de Julgamento foi redesignado para 28 de março de 2023, e agora, uma surpresa no caso.

Em razão da redesignação, o advogado de defesa do acusado Ronaldo da Rosa; Dr. Bruno Hintz, pontuou ser a quarta redesignação que acontece no presente caso, sem que a defesa tenha dado causa, motivando assim a impetração de habeas corpus, sob o argumento de constrangimento ilegal, por excesso de prazo para encerramento do processo.

Sendo assim, o TJ/MT concedeu a ordem de soltura.  Bruno Hintz destacou que -, “as sucessivas redesignações da sessão do Tribunal do Júri não pode ser atribuída à Defesa do paciente, tampouco a do corréu (nome preservado) [que inclusive desistiu da oitiva da testemunha (nome preservado) como forma de viabilizar a sessão plenária marcada para novembro/2022], mas à falta de diligência processual e esmero do Juízo singular”.

Desta forma, o Tribunal corroborou as alegações da defesa, e conheceu a impetração e concedeu a ordem para outorgar liberdade processual ao Acusado Ronaldo da Rosa, mediante imposição de medidas cautelares, e estendeu os efeitos do habeas corpus ao corréu.

O caso

Conforme kb2noticias, acompanhou o caso na ocasião do crime, o marido de Zuilda, Ronaldo Rosa, foi quem registrou um boletim de ocorrência no dia 28, relatando o desaparecimento da mulher no dia 27 de setembro de 2019. À polícia, ele [Ronaldo] disse que encontrou a caminhonete dela com manchas que poderiam ser de sangue, além de fios de cabelo, indicando sinais de violência.

Na denúncia feita à polícia, o marido informou que convivia com Zuilda há cerca de 10 anos. Ele afirmou que passou no hospital onde ela trabalha para buscá-la após o término do plantão.

Como ele está trabalhando com a venda de espetinhos, na região central da cidade, a deixou em casa por volta de 19h e voltou ao trabalho. Mais tarde, como a mulher não apareceu no espetinho, ele retornou na residência para verificar o que havia ocorrido.

Ronaldo, alega que, ‘constatou que a mulher e o veículo da família não estavam no local’. Com isso, ele relata no boletim de ocorrência que imaginou que ela poderia estar na igreja e retornou para o trabalho. Horas depois ele encontrou a caminhonete estacionada em frente da casa e trancada.

Ele disse ainda que entrou na casa, percebido que no quarto faltavam algumas roupas da mulher e dinheiro. E, então, afirmou ter pego a chave reserva, foi até o veículo e constatou sinais de manchas com sangue e fios de cabelo.

O marido [suspeito] disse ainda que estacionou a caminhonete no quintal e que o filho de Zuilda, ainda tentou achar o telefone dela e a localização apontou a própria casa da família, mas o aparelho não foi encontrado.

Ronaldo, esposo de Zuilda, foi preso apenas em outubro de 2019, no bairro Camping Club, saída para Itaúba. Na época e disse a imprensa, ao ser conduzido à delegacia pelos investigadores, que seria inocente.

Conforme as investigações, o suspeito foi monitorado cerca de 10 horas e estava com mandado judicial expedido pela Comarca de Sinop. Na delegacia, durante interrogatório, ele permaneceu em silêncio.

O policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, de 26 anos – foi como autor do crime e, posteriormente, acabou sendo desligado da PM – e foi primeiro a ser preso. Ele também revelou que o corpo da enfermeira Zuilda, havia sido jogado em uma tubulação, nas proximidades do Centro de Eventos Dante de Oliveira (em frente a UFMT), localizado 11 dias depois do crime. Marcos, confessou ainda ter participado do espancamento que resultou na morte de Zuilda. Ele acusou o marido da enfermeira de também ter cometido as agressões.

Texto: kb2noticias

 

 

 

 

 

Mais Posts

MEU PRIMEIRO JÚRI!

A vontade de labutar na seara criminal, mais especificamente no tribunal do júri nasceu desde os primeiros contato com matéria quando passei a estagiar na

Enviar Mensagem